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VITORIA F. C. – respeitar a história assumindo
um compromisso aliciante…

 

Escrever, em sentido de opinião pessoal, sobre o nosso Vitória F. C., poderá parecer algo inusitado, depois de ter assumido a presidência do clube. Julgo no entanto que, depois de três assembleias-gerais para eleição de novo elenco directivo, ao se ter encontrado uma solução de recurso e de coragem também, confirmada por vinte associados em vinte e um presentes, é tempo de deixar duas ou três ideias sobre este mandato de dois anos.

Se em tempos escrevi sobre a gestão do Vitória, como em 2006 sob o título: Gestões ruinosas (irresponsáveis?) no Futebol, a quem aproveitam? Opinando “ (…) Pormenorizando, com algum rigor, nas nossas ilhas do Triângulo – Pico Faial S. Jorge – estaremos a gerir equipas de futebol (quase tão somente profissionais) acima das capacidades financeiras dos nossos clubes, disso não temos, nem ninguém tem quaisquer dúvidas, mas pior que isso, escondendo à massa associativa que deve ser a mola real de qualquer agremiação sociorecreativa, os reais contornos da gestão do clube em questão… É triste. É desmotivante. Com tais procedimentos vão-se trilhando os caminhos da indiferença e do despeito e nada de útil se preconiza para o indispensável congregar de boas vontades e dum imprescindível “cerrar de fileiras” em torno do objectivo comum que deveria ser uma prestação digna, dinâmica, mas dentro das reais possibilidades financeiras da colectividade, nas provas desportivas em que os diversos escalões etários do clube participam.”

E depois em 2007.OUT.07 sob o título A NOVA OPORTUNIDADE DO VITÓRIA escrevi “ (…) Fiquei pois, muito preocupado, com as declarações do presidente Melo Jorge, a este jornal, dando conta da ausência de interesse, ou melhor de um necessário assumir de responsabilidades colectivas, por parte da massa associativa, nessa magna reunião, quando assim se expressou: Com uma participação destas, nenhuma Direcção tem vontade de continuar… Claro que, como quase sempre acontece, depois de encontrada a solução, o fervor clubista tem tendência a ser menos exacerbado e menos dado a exterioridades empolgadas e quantas vezes irreverentes. Mas, esta direcção deve manter a coragem que demonstrou em alturas bem mais difíceis. A proposta do executivo municipal foi equilibrada e, porque não afirmá-lo peremptoriamente, bastante generosa para com o clube, principalmente tendo em conta a sua viabilidade imediata e a sua estabilidade financeira futura. No entanto, não nos devemos sentir aliviados e quase esquecidos dos momentos aflitivos que se viveram nos últimos meses.” (fim de citação)

Agora, depois de duas reuniões com o executivo municipal, podemos dizer que o caminho traçado para o Vitória nos próximos dois anos é bastante estreito, mas esperançoso.

As verbas disponíveis são as possíveis e não poderemos embarcar em aventuras tresloucadas, como de início alguns nos queriam propor. Assim, apostámos o máximo em jogadores do Pico (mais verbas da Câmara Municipal por este meio) e nos jogadores açorianos, potenciando também mais verbas do Governo Regional por este motivo.

Estaremos trilhando o beco da descida? A verdade disse-la o Sr. Presidente da Câmara a este jornal: “Não é possível a Câmara continuar a manter o nível de ajudas que tem neste momento” aos dois clubes de futebol do concelho – Vitória e Prainha - que pela primeira vez estarão em simultâneo em provas nacionais de futebol… Então, assim, não há mais lugar a “experimentar” modelos que, sem financiamento assegurado, levariam o clube ao descalabro financeiro e, desta vez, seria o fim…

Não iremos por aí. Teremos sucesso no campo desportivo? Talvez, mas queríamos que todos os amigos do Vitória, agora, nesta fase de arranque, se abeirassem da direcção e nos ajudassem, porque todos ainda seremos poucos, tal como sempre pugnei.

A nossa Câmara, na reunião de 3 de Junho, deu-nos uma clara manifestação de confiança e esta direcção tomou posse. Agora em nova reunião de 1 de Julho, conjuntamente com o Prainha F. C. e a nosso pedido, ficaram definidas novas metas de apoio financeiro, na utilização do recinto desportivo do Vitória, por ambos os clubes do concelho. Foi mais um passo positivo, mas não haja ilusões, sem os apoios públicos – Governo Regional e Câmara Municipal – não há condições financeiras para termos futebol sénior de nível Série Açores, quanto mais uma Série B nacional.

Mantemos o patrocínio da empresa Nascimento e Filho e estamos procurando novos patrocinadores em áreas não concorrentes entre si.

Estamos começando uma nova etapa, no historial grandioso deste clube fundado em 1 de Maio de 1951, que possui um património imobiliário consolidado – sede e campo de futebol.

Somos responsáveis pela herança que nos legaram: um clube sem dívidas; e queremos passá-la da mesma forma daqui a dois anos para a nova direcção.
Temos humildade suficiente para perceber que o caminho é cheio de escolhos e de trilhos sinuosos imprevisíveis.

Sabemos que tudo já foi testado e que não há dinheiro para mais loucuras, como bem nos preveniu a nossa Câmara Municipal, mas todos nós também já o sabíamos.

No dia 12 de Agosto terão lugar os sorteios para a 1ª eliminatória da Taça de Portugal e do calendário da 3ª Divisão Série Açores que se desenrolará até 22 de Maio de 2011, data em que terminará a nossa participação nesta época 2010/2011…

Muito teremos de sofrer e de lutar por uma classificação cuja meta é, tão-somente, a manutenção na 3ª divisão - série Açores. Bom seria que fosse assegurada logo na primeira fase.

Será que vamos atingir esse objectivo?     
Contamos com a ajuda e o empenhado fervor clubista de todos os sócios e simpatizantes do Vitória.

 

Queremos ouvir a sua opinião, sugestões ou dúvidas:

info@adiaspora.com

 

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